sexta-feira, janeiro 22, 2010

Faroeste moderno

Esse é o assunto mais comentado nos noticiários da semana, depois claro do caso do ex-marido que assassinou a mulher, depois de ameaçá-la 8 vezes (coisa de Brasil).

Daí que saiu no noticiário canibal diário que o Clube de Policiais do Rio está pagando uma recompensa pelo assassino de um sargento morto à tiros no dia 17. O detalhe é que foram confeccionados aqueles cartazes do tempo de faroeste, com os dizeres: "Vivo ou Morto".

Esta foi a faísca para a opnião pública cair matando cerca de falso puritanismo. Delação premiada é uma prática comum em muitos países, envolvem em alguns casos além do pagamento da recompensa, proteção judicial e policial, mudança de nome, etc.

O que causou barulho, foi o tal "vivo ou morto", claro como sempre nessa hora aparencem entidades defensoras dos diretos humanos. Ok, mas pera lá cara pálida onde estava esta mesma entidade quando o sargento foi cruelmente assassinado? E os direitos humanos da familia deste policial?

Concordo que a Lei de Talião é extremista e não pode reger a política pública de segurança, mas condenar o clube de policiais pelos dizeres "vivo ou morto" é de uma miopia absurda, ou vamos realmente acreditar que os demais homens da corporação ao se deparar com o assassino de outro policial tratarão este com o maior carinho possível?

5 comentários:

Marcelo disse...

Apesar de concordar com a recompensa, não acho que o "morto" seja bom. Pelo fato de que o matando, somos tão culpados quanto ele perante a nossa lei.
A gente tem a mania de achar que as leis são escritas em pedra! Se ninguém concorda, por que não fazer uma greve geral no Brasil pela mudança das leis? Ou até mesmo uma nova constituinte? Não... preferimos reclamar um pouco e mudar de canal, pra ver a novela.

Junião disse...

Marcelo, esse lance de mobilização não cola, mesmo as classes instruídas, é conformada! Sinceramente, essa nossa "geração y" chega a envergonhar os caras pintadas, ainda que todo aquele movimento tenha sido mais teatral, marcou a história e foi pertinente, porém a nossa geração o que faz? Protestos via e-mail? Orkut? Twitter?

Dona Mila disse...

Somos todos preguiçosos.

Mas vou discordar de vocês num aspecto: sou MUITO a favor da Lei de Talião. Simplifica a punição de alguém que, vamos combinar, é pau que nasceu torto e não vai se endireitar.

E mesmo supondo que se endireitasse... vale o risco? Vale os milhares de reais queimados por mês pra manter um preso?

Mudar a lei demora muito. O cretino que matou o policial, assim como o cretino que matou a mulher de caso pensado, merecem nada mais que uma bala na cabeça e a eternidade no inferno.

(Às vezes acho que os "Direitos Humanos" existem pra proteger infratores de pessoas como eu. :))

Junião disse...

Na verdade, não são os direitos humanos que protegem, mas sim a buracratização e a leniência dos processos.

A "Lei de Talião" funcionaria numa sociedade justa e ñ corrupta, no Brasil, seria instrumento da eliminação de bodes expiatórios... infelizmente.

Marcelo disse...

Pow Junião, isso é papo pra boteco e cerveja!!! Hehehehehe! Só por isso que não vou mais argumentar aqui! :)

Quando vier no Rio, tá na agenda! (até pq bêbado em roda de bar sempre acaba, uma hora ou outra, chegando nesse assunto)